História do patchwork
Bom dia meus amores hoje
irei falar sobre patchwork. Vou contar a historia do patchwork, e ensinar a fazer
gráficos de patchwork.
Significado
A tradução literal de patchwork é "trabalho com
retalho". É uma técnica que une tecidos com uma infinidade de formatos
variados. O patchwork é a parte superior ou topo do trabalho, já o trabalho
completo é o acolchoado, formado pelo topo mais a manta acrílica e o tecido
fundo, tudo preso por uma técnica conhecida como quilting ou acolchoamento.
História
Existem registros históricos de que o homem faz acolchoados
desde que aprendeu a tecer. No século IX a.C., os faraós já
usavam roupas com
técnicas similares.
As evidencias da existência do quilting retrocedem a vários
séculos antes dos romanos. Locais de escavações (nos quais objetos foram
preservados dos efeitos destruidores da luz, do ar, poeira e do uso) tem
fornecido os achados mais finos. Uma estatueta de marfim esculpido, encontrada
no Egito e acreditado datar de 3.400 AC, mostra um rei do Baixo Egito envolto
em um manto no qual a decoração gravada tem as características de um quilting e
o padrão emprega as mesmas combinações de diamantes ou losangos, tão populares
hoje em dia.
O quilt teve importantes usos em muitas sociedades antigas,
na confecção de armaduras pessoais. Fortes, bem assentados e bem
"quilted", tecidos faziam uma efetiva defesa contra golpes de
espadas, lanças e flechas. Era usado pelos exército chinês e japonês e pelo
"Rajputs" da Índia e através da Europa até a Idade Média.
Existe uma versão de que esta técnica foi levada por
comerciantes para o antigo Oriente, depois viajou para a atual Alemanha, até
que chegou à Inglaterra no século XI, sendo utilizada para fazer tapetes e
túnicas clericais. Mas os primeiros tapetes e acolchoados surgiram somente no
século
XVI, época de Henrique VIII, e costumavam ser presentes de casamento
muito admirados. Os cavaleiros da Idade Média também usavam acolchoados como
proteção, embaixo da armadura de metal.
Em meados do século XVII, a arte de quiltar chegou às
Américas, mais especificamente aos Estados Unidos e Canadá. Trazida pelos
colonizadores, era comum ver colchas feitas de linho ou lã, em panos inteiros
ou a partir de medalhões centrais e bordas, que permitiam o aproveitamento
total de retalhos, já que tecidos eram considerados preciosidade, assim como
linhas e agulhas (que eram passadas de mãe para filha). As técnicas eram transmitidas
pelas mães e avós para suas descendentes, assim surgiram muitas tradições
relacionadas a tecidos, cores e desenhos. Uma tradição de meados de 1800 pedia
que a moça fizesse doze colchas antes de poder casar, sendo que a última
deveria utilizar os blocos Double Wedding Ring (dois anéis de casamento
entrelaçados).
Durante a Guerra da Independência dos EUA, apareceram muitas
colchas com motivos patrióticos e símbolos relacionados à revolução. A partir
de 1795, apareceram os blocos de patchwork e as bordas
"despedaçadas", mas ainda em torno de um medalhão central. Em 1800,
no início da época dos pioneiros, surgiram os blocos Nine Patch (nove retalhos)
e Grandmother's Basket (cesta da vovó). Em 1806, começaram a trabalhar as
colchas totalmente em blocos, no que passou a ser conhecido como padrão de
cadeia irlandesa.
Em 1851, a invenção da máquina de costura caseira foi
patenteada, o que trouxe muitas novidades. Com isso, apareceram mais blocos,
como:
Dresden Plate (prato de Dresden ou margarida)
Texas Star (estrela do Texas)
Texas Star
Grandmother's Flowers Garden (jardim das
flores da vovó)
Bear's Paw (pata de urso)
Schoolhouse (escola)
A agilidade na execução
aumentou e começaram a surgir revistas especializadas em moldes e padrões.
O estouro da Bolsa de Valores dos Estados Unidos causou a
Grande Depressão, que durou de 1929 a 1939, fazendo com que as quilteiras
precisassem aproveitar todo e qualquer tecido disponível, usando formatos como
o Apple Core (miolo de maçã) e os triângulos, que permitiam aproveitamento
total dos tecidos.
Nessa época surgiram os equipamentos para aplicação e a
bonequinha Sunbonnet Sue (Sue com chapéu de sol).
A revolução trazida pela Segunda Guerra Mundial e pela
liberação feminina, na década de 1960, desvalorizaram um pouco a tradição do
patchwork.
Porém, em 1979, a empresa Olfa lançou um sistema inventado
pelo Sr. Y. Okada, que utilizava um cortador rotatório, uma
placa de base (para
não deixar a lâmina perder o fio) e réguas com marcações, permitindo corte mais
rápido e com precisão. Era para facilitar o corte da seda, mas adaptava-se
tanto ao patchwork, que revolucionou e agilizou o mundo do patchwork.
Grandes indústrias têxteis desenvolvem anualmente tecidos
especiais para o patchwork, assim como existem revistas, materiais e
ferramentas que visam facilitar o trabalho. Os festivais promovem cada vez mais
esta arte, que também pode ser considerada uma excelente diversão.
O PATCHWORK NO BRASIL
No Brasil colonial e imperial, o quilt e o patchwork eram
atividades limitadas aos escravos, que usavam retalhos das roupas de seus
senhores para a confecção de cobertas e roupas. Somente com a chegada dos
imigrantes o patchwork começou a ser mais difundido. Grandes indústrias têxteis
desenvolvem anualmente tecidos especiais para o patchwork, assim como existem
revistas, materiais e ferramentas que visam facilitar o
trabalho. Os festivais
promovem cada vez mais esta arte, que também pode ser considerada uma excelente
diversão.
Uma das personagens mais famosas da literatura brasileira é
uma criação de patchwork! Refiro-me, é claro, à boneca de pano Emília, a mais
célebre cria de Monteiro Lobato para o Sítio do Picapau Amarelo. Emília foi
feita dos retalhos de uma saia velha da tia Nastácia, é recheada de macela e
tem olhos de botão – características que a adaptação da personagem para outras
mídias, como os seriados de TV, procuraram manter.
Ainda hoje, o patchwork permite uma infinidade de criações
diferentes e inovadoras, conforme a criatividade do artesão. Constitui ainda um
mercado de alcance imensurável, já que, assim como produtores interessados em
confeccioná-lo, há uma parcela considerável do público muito inclinada a
consumi-lo. Só nos Estados Unidos, o comércio de produtos de patchwork
movimenta cerca de 2 bilhões de dólares ao ano.
No Brasil, os cifrões não atingem as mesmas proporções, mas
o patchwork também tem o seu espaço cativo na engrenagem o da nossa economia.
Beijos e uma ótima segunda!
Obs: Deixem seus comentários. Se tiver duvidas!
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